A indústria da moda movimenta bilhões em todo o mundo, o que inclui tanto as grifes famosas quanto as marcas populares. Mas uma questão que tem sido levantada com bastante frequência nesse meio é a sustentabilidade. Se você acha que moda e natureza não têm nada a ver, continue acompanhando o post e saiba mais.
Influência da Moda na Natureza
O filme de 2015 “O Verdadeiro Custo” diz que nós compramos quase 400 por cento de roupas a mais atualmente do que fazíamos há duas décadas. Isso leva a um total de 80 bilhões de novas roupas produzidas a cada ano. E, levando em consideração que se gasta mais de 2.700 litros de água para fazer apenas uma camiseta, já dá para começar a entender a influência que a moda tem sobre o meio ambiente.
Em 23 de abril de 2013, o colapso de uma fábrica em Bangladesh matou 1.137 pessoas, a maioria delas trabalhadoras da indústria do vestuário. Não são apenas as pessoas que sofrem, a indústria da moda é prejudicial ao meio ambiente. Tem sido referida como a segunda indústria mais prejudicial sobre a terra, ficando atrás apenas do setor do petróleo. Isso porque a produção de roupas é uma tremenda fonte de emissões de carbono e poluentes. O algodão, material importante em grande parte das roupas que vestimos, usa grandes quantidades de pesticidas e água durante o seu cultivo. A indústria usa, também, corantes tóxicos, a maioria das quais termina nos sistemas de água.
Uma Moda Sustentável é Possível?
Então, o que uma empresa precisa fazer para ser considerada sustentável? Para alcançar este objetivo, as peças devem ser feitas a partir de materiais ecológicos e produzidos de forma socialmente responsável.
Infelizmente, utilizar métodos e materiais sustentáveis, muitas vezes significa um aumento no custo e, consequentemente, no preço. As marcas do tipo “fast fashion” fazem com que seja difícil alcançar metas sustentáveis. No clima atual, as tendências vêm e vão em menos de uma temporada e os compradores querem itens de moda cada vez mais baratos. Por isso, as empresas fazem o possível para reduzir os custos de produção e até a quantidade de materiais utilizados.
No entanto, nem tudo está perdido. Como os consumidores estão se tornando cada vez mais conscientes de como as suas escolhas afetam as pessoas e o planeta, há um crescente desejo por transparência nas empresas de moda. E algumas marcas estão respondendo essa exigência. A H & M lançou recentemente a Conscious Collection, que utiliza tecido orgânico e reciclado. Também há uma iniciativa em que os clientes podem levar peças que não usam mais em qualquer loja da H & M em troca de um vale-compras.
A gerente de sustentabilidade da H & M do Reino Unido disse que a iniciativa de reciclagem tem sido muito bem-sucedida e oferece uma solução acessível e fácil. A marca recicla as peças levadas pelos clientes, transformando o tecido e dando origem a novos itens.
Embora isso possa ser um passo na direção certa, uma questão permanece quanto ao fato de fast fashions e sustentabilidade pode não poderem andar juntas. A gerente completa que a produção de roupas, seja ela de marcas de luxo ou populares, sempre terá um impacto sobre as pessoas e o planeta. Ela acredita que a responsabilidade dos profissionais do setor é encontrar soluções melhores e mais inteligentes para reduzir o impacto e tornar a produção, o transporte, a embalagem, as vendas e o consumo mais sustentável.
As Marcas de Luxo e a Sustentabilidade
As marcas de luxo podem seguir um caminho um pouco mais fácil. Grifes como Stella McCartney, Marni, Vivienne Westwood e Sass & Bide firmaram uma parceria com a Ethical Fashion Initiative para fabricar artigos de moda de forma responsável. Vivienne Westwood lançou a coleção Love, com peças feitas à mão que são produzidas na maior favela de Nairobi utilizando itens reciclados, como lona, latas e retalhos de couro.
O Green Carpet Challenge (Desafio do Tapete Verde) é outro projeto sustentável, que incentiva as celebridades a utilizarem peças sustentáveis em grandes eventos de tapete vermelho. No Met Gala de 2016, a atriz Emma Watson usou uma roupa produzida de forma ética ecológica pela grife Calvin Klein. O vestido foi forrado com seda orgânica e feito a partir de garrafas de plástico que foram usados para criar os fios. Até mesmo os zíperes foram confeccionados com plástico reciclado.
Na Irlanda, marcas como We Are Islanders, White & Green e Sophie Rieu conseguem criar peças sustentáveis e de sucesso. Uma das donas da White & Green afirma que não é necessário comprometer a qualidade da peça para que ela seja sustentável. Ela diz que muitos têm preconceito dizendo que roupas produzidas de forma ecológica são consideradas fora de moda, mas que isso está mudando aos poucos. A marca produz lençóis de algodão orgânico e tem uma preocupação com os efeitos nocivos dos pesticidas e corantes tóxicos na pele.
O Uso do Algodão Orgânico na Fabricação de Roupas
A escolha do algodão orgânico tem benefícios significativos para o meio ambiente, bem como as milhões de famílias de países como Uganda e Paquistão que estão envolvidas no cultivo.
Ao optar pelo material de pequenos produtores, as marcas dão a essas pessoas a oportunidade de viver da agricultura, não incentivam as grandes produções que utilizam agrotóxicos altamente poluentes e fornecem aos seus clientes peças seguras e que não oferecem riscos de intoxicação para a pele.
A Moda Ecologicamente Correta
Viu como a moda tem tudo a ver com natureza? Essa relação que, em muitos casos, ainda é negativa pode se tornar cada vez mais positivas. Para isso é importante que os consumidores comecem a cobrar dos fabricantes o uso de materiais e formas de produção ecológicas e que sejam positivas para a sociedade como um todo.
Comece a se atentar para as marcas das roupas que compra e valorize as que têm uma preocupação ambiental. Muitas vezes vale mais a pena comprar uma peça um pouco mais cara e de qualidade, do que outra que não vai resistir a muitas lavagens e ainda foi fabricada de forma irresponsável e sem preocupação ambiental. Pense nisso.
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