Uma das grifes de luxo mais relevantes do mundo, a Gucci, foi fundada em Florença, Itália, no ano de 1921 e logo ganhou destaque pela produção de malas de viagens de alto padrão. Atualmente, a marca é uma das mais desejadas quando o assunto é bolsa, sapatos e cintos.
Com um estilo muito próprio, a Gucci, se consolidou no mercado com algumas peças em especial como o mocassim de fivela e tira verde e vermelha e a fabulosa bolsa com alça de bambu. Continue lendo para conhecer mais sobre a história da grife e saber quem são os seus donos atualmente.
Guccio Gucci
De família humilde, Guccio Gucci, era filho de um artesão e trabalhava como ascensorista e maleiro antes de criar sua marca de malas de viagem. No cotidiano do seu trabalho ele via diversas malas de qualidade diferenciada e com brasões de importantes famílias impressos tendo algum conhecimento de como esses itens eram fabricados já que seu pai era artesão.
Após ter trabalhado até como Maitrê no elegante hotel Savoy, em Londres, Guccio Gucci retornou para Florença em 1921 para abrir a sua primeira loja. O artesão tinha economias acumuladas ao longo dos seus anos de trabalho, algo em torno de $30 mil liras. Inicialmente o objetivo de Gucci era trabalhar com a venda de acessórios de viagem como malas e valises feitas a partir de couro de qualidade proveniente da região de Toscana e pelas mãos dos melhores artesãos locais inclusive membros de sua família.
Com talento e dedicação a loja de Gucci logo se tornou uma das favoritas da burguesia e nobreza de Florença. O enorme sucesso de vendas permitiu que ele investisse na criação de uma oficina na parte de trás da loja passando a produzir peças de sua autoria.
Guccio Gucci
O Sucesso Mundial da Marca Gucci
Em 1937 Gucci expandiu os negócios mudando a sua empresa para um espaço maior em Lugarno para que pudesse atender a demanda da clientela internacional. Nos anos 1930 a marca já era uma das mais famosas e prestigiadas do mundo com seus produtos diferenciados como bolsas, luvas e cintos.
As peças da Gucci passaram a ser criadas com uma inspiração no estilo equestre, nesse período as franjas e estribos se tornaram a assinatura da grife. Com um visual muito particular e com uma variedade de produtos maior a grife passou a atrair clientes com perfil mais refinado. Em 1938 foi aberta a primeira loja da marca num requintado endereço de Roma. Os anos seguintes foram marcados pela entrada dos filhos de Gucci – Ugo, Aldo e Vasco – nos negócios familiares.
Bolsa Icônica e Logo GG
Bolsa Com Alça de Bambu – Gucci
A bolsa com alça de bambu, lançada em 1947, ajudou a consolidar a marca como uma das mais relevantes do mercado de luxo sendo um item de desejo até os dias de hoje. No final dos anos 1940 a grife adotou o famoso logotipo GG com a segunda letra invertida e entrelaçada a primeira. Para que a marca se difundisse entre os consumidores passou a ser impressa nas peças da Gucci.
No ano de 1951 outro filho de Gucci passou a trabalhar no empreendimento abrindo uma loja da grife em Milão. Gucci faleceu em 1953 e seus filhos se mantiveram tocando a empresa, nesse mesmo ano eles abriram uma loja da marca em Nova York que era bastante frequentada por celebridades. Outras lojas da marca foram abertas nos Estados Unidos e assim a grife foi se internacionalizando.
O Legado de Guccio Gucci
Quando Guccio Gucci faleceu acreditou-se que a grife manteria o estilo de seu fundador intocado por muito tempo, no entanto, em 1953 a marca subverteu o mercado de itens de luxo com o lançamento do calçado Horsebit Loafer. O sapato que parece um mocassim tem fivela de metal e a famosa assinatura verde e vermelha da grife.
Foi um período muito próspero para a grife em que celebridades como Sofia Loren, Ingrid Bergman, Jacqueline e John Kennedy eram vistos usando artigos da marca. Nos anos 1960 a grife expandiu ainda mais o seu alcance com lojas em Londres, Tóquio, Hong-Kong, Chicago e Paris. Cada vez mais a Gucci se tornava a queridinha de Hollywood com o endosso de famosos como Peter Sallers, Audrey Hepburn e Grace Kelly.
Aldo Gucci
A expansão da marca para o mundo se deu em boa parte pelo trabalho de Aldo Gucci que foi de grande importância para o sucesso da companhia. O brilhantismo de sua atuação na empresa, no entanto, seria manchado pelo seu envolvimento num escândalo fiscal que passou de US$ 7 milhões, algo que custou muito para a marca em termos financeiros e de imagem.
Em 1989 ele deixou a empresa após a intervenção de Domenico Del Sole, membro do escritório de advocacia da Gucci escolhido para solucionar os problemas entre os membros da família herdeira. Também em 1989 a empresa de investimentos árabes Investcorp comprou 50% do capital da Gucci.
Em 1993, Maurizzio, último membro da família que ainda atuava na companhia, vendeu sua participação porque não conseguia se entender com os investidores. O comando da Gucci passou a ser de Del Sole que além de transferir a sede de Milão para Casellina também contratou Tom Ford para a direção criativa.
Tom Ford na Gucci
Tom Ford trouxe novos ares para a grife, mas sem deixar de lado o seu passado icônico fazendo o relançamento de peças como a bolsa de alça de bambu e os mocassins com bridão. Além disso, nesse período foi lançada a bolsa Horsebilt Clutch que se tornou item obrigatório entre as celebridades. A mudança na linha criativa da marca se refletiu em coleções mais ousadas e sensuais que não condiziam mais com Audrey Hepburn e Grace Kelly, mas com Madonna e Tina Turner.
Tom Ford na Gucci
François Pinault: Dono da Gucci
No começo dos anos 2000 a Gucci fazia parte de um grupo seleto de acionistas dentre os quais estavam Bernard Arnault (dono do grupo de marcas de luxo LVMH) e François Pinault (dono do grupo PPR). Arnault tentou adquirir mais ações para ter maior controle da empresa, porém, Del Sole e Tom Ford ajudaram Pinault a ter privilégios em suas negociações de maneira que em 2004 ele se tornou o único dono da marca.
Curiosamente nesse mesmo ano Ford e Del Sole deixaram a Gucci que passou a ter como diretora criativa Frida Gianini. Com capital a disposição e muitas ideias de renovação para serem colocadas em prática a grife voltou a se tornar uma das favoritas do mercado de luxo.
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