Como Foi Criado O Sapato? De Onde Ele Surgiu E Por Que?

Tudo que se tem hoje na atualidade possui uma história por trás que conta como aquele objeto foi criado. De certo modo, nenhum desses objetos foram criados em vão ou por luxo, tudo que utilizamos desde ferramentas até peças do nosso vestuário foram criados com finalidades especificas destinadas naquele momento.

Podemos dizer que tudo que temos teve base na pré-história, no período neolítico principalmente. Onde os homens começaram a desenvolver habilidades de manuseio sobre alteração de uma matéria-prima inicial, como por exemplo polir pedras, tecer fibras vegetais e animais, criação de armas de caça com pedras e madeira entre outras coisas.

No texto a seguir, iremos falar um pouco sobre a criação das peças dos vestuários, no entanto com ênfase sobre a história dos sapados, como ele surgiu, como foi criado, de que era feito na época entre outras informações relevantes sobre essa peça que é super utilizada, se tornou praticamente parte do corpo do homem moderno.

História Da Criação Dos Sapatos

A história dos sapatos existe bastante controvérsias, muitos relacionam o uso e a criação dos sapatos aos egípcios, no entanto foram encontradas provas de que os sapatos foram inventados a muitos e muitos anos atrás, no Período Paleolítico, por volta de 10.000 a.C.

As ocorrências de que os sapatos foram criados nesse período foi dada a partir das pinturas presentes nas cavernas, no território espanhol e também na região sul da França. Nessas pinturas, já haviam referencias a utilização dos sapatos. Nesse período, os sapatos eram feitos a partir do couro.

Criação Dos Sapatos

Criação Dos Sapatos

Dentre os diversos objetos criados e utilizados pelos homens pré-históricos ou popularmente conhecidos como “homens das cavernas” contavam com a utilização de vários que tinha como finalidade fazer a raspagem de peles, isso nos leva a concluir que a arte de curtir o couro é extremamente antiga.

Dentro dos hipogeus egípcios, para aqueles que não sabem hipogeus são aqueles monumentos subterrâneos onde eram enterradas as pessoas. Dentro deles haviam diversas pinturas sobre o cotidiano daquele povo, a partir de uma pintura dessas, estavam expressas as fases de preparo do couro, desde o momento de retirada até o produto final, como a produção dos sapatos.

Em cada região do mundo naquela época a matéria-prima base da produção dos sapatos eram especificas, como no Antigo Egito, as primeiras sandálias eram feitas a partir da palha ou de fibras de vegetais, principalmente das palmeiras. Só que era comum encontrar com as pessoas descalças, com os chinelos na mão ou em bolsa apenas colocar em momentos que eram extremamente necessárias. E apenas os nobres utilizavam as sandálias, pois eram os únicos que tinham condição de possuir aquela peça.

Como já dito, em cada região do mundo tinha uma forma de fabricar seus calçados. Já na Mesopotâmia os calçados eram feitos de couro in naturo, ou seja, cru. Sem passar pelo processo de maturação, eram entrelaçados nos pés com tiras também feitas de couro. Aqueles que utilizavam coturnos, simbolizavam uma alta posição na sociedade, aqueles com poder aquisitivo.

Entre esses países, muitos outros possuíam maneiras e formas diferentes de fazer. E ainda a utilização dos sapatos simbolizavam a classe social, prestigio e respeito. Pois era uma peça cara e não viável para toda a população. Na Roma Antiga até as cores das peças identificam poder e cargos políticos.

Com o passar dos anos, foram surgindo alterações na produção, como por exemplo a existência de numeração dos calçados. Essa alteração foi responsável pelos ingleses, Rei Eduardo I foi a pessoa responsável por padronizar as medidas.

Por volta do meio do sec. XIX com a Revolução Industrial a produção dos calçados tomou maior forma, isso devido ao maquinário utilizado para a confecção de novas peças. No entanto, apenas quando surgiu as famosas maquinas de costura que os calçados se tornaram peças mais acessíveis para todos.

No século XX, por volta da 4ª década houveram mudanças extremamente relevantes para as industrias de calçados, uma das mais marcantes foi a troca do material de couro pela fibra sintética. Até os dias de hoje, diversas marcas de sapatos dizem sobre o status social de um indivíduo, dessa forma essas peças não são vistas apenas como uma peça utilizada na proteção dos seus pés.

História Dos Sapatos No Território Brasileiro

História do Sapato no Brasil

História do Sapato no Brasil

A história da utilização dos sapatos no Brasil não é muito diferente do restante do mundo, no entanto como o Brasil foi um país que foi colonizado, os sapatos chegaram aqui através da corte portuguesa, por volta de 1808.

Os sapatos eram utilizados com a finalidade de proteger os pés exclusivamente, porém com o passar dos anos houve uma espécie de europeização dessas peças, onde elas receberam novas características. Dentro desse período apenas os membros da corte podiam utilizar os sapatos, os escravos eram estritamente proibidos de utilizar os sapatos.

Mas, como a abolição da escravidão, os escravos livres compravam os calçados como forma de se sentirem incluídos no povo e como forma de liberdade, os sapatos se tornaram um símbolo para eles, perdeu a finalidade de proteção e ganhou um significado ainda maior. Contudo, grande parte desses escravos não conseguiam acostumar em utilizar essa peça, então utilizam como decoração em casa, como uma espécie de troféu e prestigio. Ou ainda andavam com eles nas mãos ou sobre os ombros, como forma de mostrar que eram pessoas livres naquela época.

Outra curiosidade sobre os sapatos no Brasil é que mesmo tendo diversas industrias que fabricavam os calçados no Rio de Janeiro, eles ainda sim importavam peças da Europa. O modelo de sapato que era utilizado por volta do fim do sec. XIX eram as botinas totalmente fechadas revestidas de camurça, seda ou pelica, mas apenas para as pessoas mais ricas, as mulheres da alta sociedade. E o restante do povo utilizam os famosos chinelos de dedo.

Entre as décadas 1910 até 1920 um dos modelos que era mais utilizados principalmente pela população feminina eram aqueles sapatos que cobriam totalmente os pés, como as botinas e borzeguim. No período marcado pelo pós guerra, houveram diversas mudanças no vestuário das pessoas, o uso do sapato se tornou mais corrente devido a inspiração das botas que eram utilizadas pelos soltados durante a guerra e no pós-guerra.

Curiosidades Sobre O Uso Dos Sapatos

Existe um monte de curiosidades sobre os sapatos, uma coisa hoje que é tão comum no nosso dia a dia, no entanto no passado não era assim. O uso do sapato era visto como um símbolo de nobreza e poder, apenas aqueles que possuíam prestigio social tinham a liberdade de usar essa peça, além disso o valor não era nada acessível a população.

As sandálias utilizadas pelos faraós possuíam em sua composição joias, ouro e eram feitos de couro.

No Brasil, os escravos não tinham liberdade de usar os sapatos, apenas após a abolição da escravidão que adquiriram o direito de poder utilizar essa peça. Mas mesmo assim, com a liberdade eles não conseguiam acostumar com o objeto e ele passou a ter outra funcionalidade para eles, passaram a ser um objeto de prestígio, era visto como um troféu sobre sua liberdade. Traduzia o que era fazer parte do todo da população. Muitos daqueles que não se acostumaram a utilizar as peças, saiam com os sapatos sobre os ombros ou na mão para que todos soubessem que era homens livres.

Uma outra curiosidade sobre o uso dos sapatos que muitos assustam como descobre, mas o uso dos famosos saltos altos começou com os homens da alta corte. Onde o salto fazia referência a alta posição social daquele homem perante o restante da sociedade. Outra função do salto era evitar que houvesse acidentes, como escorregar no momento em que os homens montassem nos cavalos.

A padronização dos tamanhos dos sapatos foi responsável pelos ingleses, e para isso eles utilizavam três ramos de trigo para fazer a medição dos tamanhos das peças, com isso fizeram a padronização.

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