A malha viscolycra é um tecido sintético que oferece grande conforto devido a sua leveza, uma das principais escolhas para confeccionar roupas em países com climas quentes. Trata-se de uma combinação da fibra de elastano com o fio da viscose, geralmente numa proporção de 7% e 93%, respectivamente. O elastano é o responsável pela sensação de elasticidade e bom caimento no corpo.
Um tecido com excelente caimento no corpo e que costuma ter cores mais intensas do que as dos tecidos de algodão. Pode ser usado para o fabrico de camisetas, calças e blusas femininas. Há a possibilidade de utilizar a viscolycra para fabricar outros produtos além de roupas, no entanto, é nesse setor que tem maior uso. Continue lendo para saber mais sobre a malha viscolycra.
O Que é Malha? Por Que Tem Elasticidade?
Antes de falar especificamente sobre a malha de viscolycra é interessante definir o que é malha. Basicamente se trata de um tecido resultante de um processo bastante semelhante ao de tricô sendo diferente dos tecidos convencionais. Por ser construído da mesma maneira que um tricô, a malha, se mostra mais elástica com a capacidade de retornar ao seu estado original após ser esticada.
Os tecidos planos como lã, tricoline, sarja, cetim entre outros, por sua vez, não tem elasticidade porque são formados através de ângulos de 90 graus, se puder observar um desses tecidos com uma lupa perceberá que estruturalmente ele parece uma cesta feita a partir do trancamento das fibras. Para que um tecido plano adquira um pouco de elasticidade é necessário adicionar um pouco de elastano a ele.
Essas diferenças fazem com que haja opções adequadas de tecidos e malhas para atender a variadas demandas. É possível encontrar excelentes alternativas para a confecção de peças com mais leveza para os meses mais quentes do ano assim como opções mais densas para os períodos de mais frio. A indústria de vestimentas é bastante versátil e deve contar com boas opções para as mais distintas finalidades.
Viscolycra: Características e Vantagens
Como mencionamos, a viscolycra, é um tecido sintético que apresenta excelente caimento no corpo em decorrência da elasticidade proveniente do elastano. Por ser sintético tem maior facilidade de fixação de cor permitindo criar peças com cores mais intensas do que tecidos de fibras naturais como algodão. Tecido mais fresco e suave podendo ser usado em dias de calor mais intenso.
Um tecido que permite a pele respirar realizando trocas térmicas com o ambiente e que ainda garante o máximo conforto de quem usa. Pode ser usado para fabricar lingeries e pijamas. Apresenta boa durabilidade e resistência devido aos fios resistentes usados em sua composição. Mantém a estabilidade dimensional.
Viscolycra: Base Para Roupas Fitness
Devido as suas principais características, a viscolycra, é um dos tecidos mais usados para confeccionar roupas fitness. Um dos motivos para a preferência é o fato de que a viscolycra retorna ao seu estado original mesmo após ter sido esticado até sete vezes o seu tamanho. Apresenta ainda excelente resistência à água salgada e ao sol podendo ser usados para fabricar peças fitness para esportes aquáticos. Vale dizer também que esse tecido fica bonito nos cortes de peças fitness.
Questões Importantes
Embora a viscolycra seja um tecido que apresenta uma série de vantagens pode também apresentar algumas desvantagens como, por exemplo, o aparecimento de bolinhas quando as peças são lavadas em tambor rotativo em decorrência ao atrito. Não é indicado usar o ferro de passar diretamente sobre a peça e nem a vaporização já que isso pode queimar a peça. O ideal é adotar a secagem por gotejamento.
Componentes da Viscolycra
A malha de viscolycra é formada pelo fio de viscose e fibra de elastano, é interessante conhecer um pouco mais sobre esses dois elementos.
– Viscose
Consiste numa fibra artificial obtida de celulose fabricada a partir de cavacos de madeira de árvores com pouca resina, pode ser fabricada também do interior da semente do algodão. A fibra é feita de uma pasta que passa por processo de extrusão.
A viscose foi descoberta entre os anos de 1891 e 1892, porém, foi somente no ano de 1905 que a Courtauld’s começou a fabricar o raiom de viscose que pode ser usada para fabricar malhas, casacos, vestidos, roupas esportivas entre outras. Pode ser conhecida também como seda javanesa misturada com acetato.
– Elastano
Fibra sintética que se destaca no mercado por sua grande capacidade elástica tem sido amplamente utilizada para o fabrico de itens como biquínis, maiôs, meias-calças entre outros. É interessante mencionar que elastano pode ser usado também para fabricar luvas que permitem o manuseio mais seguro de produtos como peças de superfície polida e componentes eletrônicos.
Existe uma versão de elastano sem acréscimo de poliamida que é chamada de lycra comercial ou lycra industrial, consegue ser mais forte que a borracha, a sua principal concorrente. Foi criado em 1959 por Joseph Shivers da DuPont. Quando foi inserido no mercado alcançou grande popularidade no setor de vestuário.
Combinação de Viscose e Elastano
Somente na década de 1980 a indústria descobriu o grande potencial de combinar viscose com elastano. Curiosamente embora se chame viscolycra não tem nada a ver com a marca registrada Lycra. Devemos lembrar que não é a lycra que é utilizada na composição da viscolycra e sim o elastano.
Liganete: Tecido Semelhante a Viscolycra
Viscolycra é um tecido bastante usado para fabricar peças de moda praia e roupas para o verão, no entanto, outro tecido com características bem semelhantes vem sendo bastante utilizado pela indústria, o liganete. Um dos preferidos para a produção de lingeries esse tecido apresenta textura suave e ótimo caimento.
Fibras artificiais como nylon, viscose, acetato, poliéster e acrílico tem como principais características secarem rapidamente e não amassarem. Mesmo em dias de calor intenso mantém uma sensação de frescor para a pele. Liganate é bastante parecida com viscolycra, mas apresenta toque mais seco, maior frescor e caimento ainda melhor por ser mais fino. Tem aumentado o uso de liganete nos últimos anos.
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