Os tempos de crise têm feito com que até as mais exigentes fashionistas se rendam às redes de fast fashion em busca de alternativas mais acessíveis às peças de grife. Porém, agora mais do que nunca, estas redes estão aproveitando esta oportunidade para se fazer parcerias para oferecer coleções exclusivas assinadas por grandes nomes do design de moda.
Isso não começou agora, a loucura por roupas de grife em redes de fast fashion começou quando o estilista Karl Lagerfeld assinou uma coleção para a loja H&M em 2004. As peças desapareceram das lojas em poucos dias, fazendo com que o estilista decidisse nunca mais criar designs em parceria com eles, pois o fato de terem produzido tão poucas peças o chateou e deixou na mão muita gente que gostaria de comprá-las.
Mas H&M não parou por ai, outros nomes importantes da moda lançaram suas coleções exclusivas em parceria com a rede sueca; entre eles estão Stella McCartney, Roberto Cavalli, Matthew Williamson e a conceitual marca japonesa Comme des Garçons, com designs por Rei Kawakubo e ainda, lançou uma coleção de sapatos, bolsas e roupas em parceria com a Jimmy Choo.
Estas combinações acabam sendo muito lucrativas para as partes envolvidas; afinal as peças ficam disponíveis para mais pessoas em preços melhores, as redes conquistam outra fatia do mercado e ganham mais respeito e os top designers também tendem a se beneficiar com estas parcerias.
Outras marcas adeptas desta tendência do fast fashion de grife são a GAP que lançou uma coleção infantil assinada por Stella McCartney, a Topshop com a contribuição de Kate Moss e a Uniqlo com designs de Jil Sander. Recentemente, a rede brasileira C&A também iniciou parceria com a inglesa Stella McCartney e com a top internacional Gisele Bündchen.
No Brasil, quem deu o pontapé inicial foi a Riachuelo com uma linha assinada por Fause Haten e em seguida Reinaldo Lourenço contribuiu com seus designs para a C&A. A partir de então, outros designers de moda também fizeram suas coleções exclusivas para redes de varejo, como, Marcelo Sommer e Cris Barros para Riachuelo e Gloria Coelho e Alexandre Herchcovitch para a C&A.
Tudo indica que esta tendência veio pra ficar e que em breve muitas outras coleções de grife a peços acessíveis estarão disponíveis a uma parcela maior das consumidoras de moda que procuram peças de qualidade e estilo por preços menos exorbitantes.
Marcas que Estão em Fast Fashion
Uniqlo
A rede varejista japonesa Uniqlo é ideal para quem gosta de comprar peças lisas e com cores improváveis. Forte na Ásia e com algumas lojas nos Estados Unidos e Europa, vende camisetas, cardigãs e jaquetas de inverno que sobreviverá por anos e compensarão o investimento. As calças também podem ser um bom investimento. De acordo com Kentaro Katsube, diretor executivo da marca, a Uniqlo pretende expandir os negócios e abrir uma franquia no Brasil em breve.
Topshop
Queridinha entre os fashionistas, a rede inglesa, que lançou em abril uma franquia em São Paulo, no shopping JK, pode ser encontrada em cerca de 20 países pela Europa, América do Norte e Ásia. Por lá, as peças também são vendidas pela internet com preços e promoções similares aos das lojas. No Brasil, os preços não foram convertidos aos originais e não. Em algumas regiões, é possível encontrar lojas da mesma rede exclusivamente destinada aos rapazes, chamada de Topman.
Primark
Se você vai viajar para a Irlanda, Reino Unido, Holanda, Alemana Espanha, Portugal ou Bélgica, não deixe de visitar a irlandesa Primark. Sucesso na Europa, costuma reeditar modelos de coleções antigas desfiladas nas semanas de moda e vender por preços honestos. Claro que a qualidade dos produtos não é das melhores, já que com menos de 20 euros é possível montar um look completo. Mesmo assim, vale o investimento naquela peça-tendência que você sabe que sairá de moda em menos de um ano.
H&M
Provavelmente uma das mais populares ao redor do mundo, a H&M costuma deixar qualquer um impressionado. Os preços são convidativos e a quantidade de peças pelas centenas de araras é irresistível. Você praticamente é obrigado a sair de lá com, no mínimo, uma sacola abarrotada de roupas! A fast fashion suéca, que hoje tem mais de 2.500 lojas espalhadas em 43 países, localizadas principalmente na Europa, América do Norte e Ásia, costuma produzir produtos bem semelhantes aos looks que foram apresentados nas principais semanas de moda internacionais.
Zara
Uma das mais conhecidas no Brasil, a Zara é febre por aqui principalmente por conta dos preços relativamente baixos das mercadorias, principalmente quando está em época de liquidação. Inaugurada em 1988, a espanhola já ultrapassa a marca de 1.500 franquias espalhadas em mais de 75 países. Com peças para mulheres, homens, jovens e crianças, as lojas no exterior costumam ser ainda mais em conta do que as brasileiras. Ao encontrar alguma durante a sua viagem, vale dar uma espiada nos casacos pesados, que costumam ser vendidos pela metade do preço.
Forever21
Mesmo com roupas masculinas, a norte-americana Forever21 é queridinha entre as garotas. A moda é jovem, descolada e com preços em conta, e pode ser encontrada na América do Norte, Europa, Ásia e Oriente Médio. Gosta de comprar mimos para as amigas? Corre pra lá! Os divertidos acessórios podem salvar o seu bolso da enorme lista de nomes para serem presenteados. O bacana é que a Forever21 também produz uma moda plus size longe de ser careta. Dica: caso esteja com a verba contadinha, corra para o fundo da loja e se jogue nas promoções.
Falabella
Já na América do Sul, o paraíso das compras fica por conta da chilena Falabella, que pode ser encontrada no Chile, Peru, Colombia e Argentina. Geralmente com vários andares, a fast fashion vende de tudo, desde móveis, eletrônicos e eletrodomésticos, até roupas masculinas, femininas e linha infantil. Porém, para quem busca roupas com pegada fashion, esqueça! Na Falabella, a vantagem é aumentar o estoque de peças básicas e atemporais.
CottonOn
A rede de fast fashion é um verdadeiro sucesso na Austrália. Durante as férias no país, é capaz de cruzar pelas ruas com diversos australianos usando as mesmas roupas que você comprou. Mas a brincadeira até que é divertida, já que quando você voltar para o Brasil, dificilmente encontrará pessoas vestindo as mesmas peças. O foco da CottonOn é no público jovem e, mesmo distante dos grandes pólos da moda, é bem antenada e costuma adiantar tendências que chegarão no Brasil mais tarde.