Teve inicio nesta quarta-feira passada e se estende até o dia 28, próxima terça-feira, a semana de moda em Milão com mulheres poderosas, românticas e neo-hippies invadindo as passarelas para apresentarem suas coleções primavera-verão 2011.
Abertura dos Desfiles
Coube a Gucci fazer a abertura dos desfiles e o fez apresentando uma coleção marcada pela opulência e de grande impacto onde os metais preciosos, chamativos acessórios e muita riqueza nos detalhes davam o tom dominante. Para vestir mulheres que não são dadas a compromissos, a exaltação ao luxo chegou ao extremo em elemento que é chave desta marca. Chamaram a atenção à predominância do couro em composições simples, nas trançadas ou mesmo incrustadas por anéis dourados, tubos de metal.
Volta aos Anos Oitenta
Satisfazer mulheres exigentes foi o objetivo de Frida Giannini que é estilista da “Maison”, quando brincou com todos os registros. Alaranjado, verde elétrico, violeta azul turquesa foi um belo conjunto de vivas cores que remeteram o publico de volta aos anos oitenta. Os conjuntos com cortes bastante justos e cintos dourados muito grandes desfilaram ao lado de peças com tons bem mais apagados como bege, cor de carne e o tradicional e infalível preto que geralmente se faz presente em todos os desfiles das coleções de qualquer grife.
As Franjas Voltam a Dominar
Tema que volta a dominar com força são as franjas que aparecem dando um efeito palha, em faixas finas e horizontais, nos vestidos que se inspiram na cultura africana, em couro nas jaquetas com franjas tão ao estilo cowboy, em forma de cordões e caídas na ponta de um belo cinto dourado, e também em maravilhosos bordados em vestidos de macramê.
Inspiração em franjas também apresentou John Richmond que as trouxe em vestidos étnicos, em tiras longas de um vestido de festa, em saias ou apenas em mangas. A verdade é que a criatividade marca Semana de Moda Italiana onde o estilista britânico ousou com a reinterpretação do antigo estilo hippie em conjuntos com saias-calças brancas e com boca sino e ainda todos salpicados com lantejoulas prata.
Vestindo Mulheres de Verdade
Já a estilista Alberta Ferreti desta vez resolveu deixar de lado as madames mais sofisticadas e esnobes para se dedicar a vestir mulheres de verdade e foi com esse pensamento que se inspirou no romantismo.
Com grandes chapéus feitos de palha colorida e com abas largas, usando belos e longos vestidos confeccionados com musselina esvoaçante e tendo como arremate cardigãs tecidos a mão e nos pés sandálias gladiadoras rasteiras, as mulheres de ar campestre remetiam a fotos dos anos 70. Trouxe ainda bermudas de linho cru, vestidos brancos com bordados que bem lembravam as camisolas da vovó e minissaias de seda plissada deram a mulher aquele ar diáfano.