O Brasil é um país muito conhecido por conta de suas belezas naturais e culturais, além, é claro, de seu povo que, em meio a tantos escândalos de corrupção, má funcionamento dos serviços públicos e outros problemas enfrentados, não perde a alegria e sempre se preocupa em recepcionar as pessoas, tanto de dentro quanto de fora, de uma forma contente e satisfatória. E é por isso que os brasileiros são conhecidos por ser um dos povos mais simpáticos e alegres de todo o planeta.
Tendo dimensões continentais, o Brasil teve uma história de fundação bastante conturbada, já que, no início, o território tupiniquim foi fundado pelas mãos dos portugueses, que, além de explorarem os recursos naturais do território por muito tempo, ainda promoveu episódios de extermínio da população nativa daqui, reflexos esses que são sentidos até hoje tanto na sociedade quanto na economia Brasileira.
O Brasil é reconhecido, também, pela presença de muitas microempresas, por conta de subsídios fornecidos pelo governo federal nos últimos anos. Entretanto, o país também é bastante criticado por empresários, por, supostamente, não dar uma abertura necessária para que as empresas possam realmente crescer, de fato, por conta de altas taxas das tarifas e outros encargos, além da dificuldade, segundo os donos de empresa, de negociação de um contrato de trabalho. Esses e outros motivos são listados como sendo os principais para que os empreendedores não conseguem se desenvolver economicamente no país, levando, inclusive, muitos à falência.
Paralelo a isso, existem muitas pessoas que, em meio às dificuldades, conseguem erguer uma empresa e transformá-la num verdadeiro império. Esse é o caso do Grupo Morena Rosa, que é detentora de várias marcas de grifes de vestuário. No nosso artigo de hoje, você vai conhecer um pouco mais sobre essa empresa, bem como algumas informações interessantes a respeito dela. Vamos lá?
A Origem da Morena Rosa
Você já deve ter ouvido falar, alguma vez, sobre a marca Morena Rosa. Isso porque, ela é uma das referências de moda e estilo brasileiras. No entanto, os preços praticados pelas peças da loja podem se tornar um empecilho para algumas pessoas; algumas peças chegam a custar mais de 400 reais. No entanto, mesmo com os altos preços, muitas pessoas preferem adquirir roupas da marca por confiarem na qualidade e no design que cada peça oferece.
A história da Morena Rosa é igual a muitas outras empresas que começaram do zero, ou seja, com uma pequena estrutura montada a muito custo e ainda com incertezas. Foi pelas mãos do empresário Marco Franzato, que, em 1993, depois da venda de um Chevrolet Monza ano 1991, única propriedade de Franzato. O dinheiro obtido, pouco mais de 8 mil dólares, foi o usado para a fundação da marca, o qual deu para adquirir as primeiras peças de tecidos e outros maquinários necessários para o início da fabricação das roupas.
A historia de Franzato nos mostra que a fundação e o sucesso da Morena Rosa é fruto de seu intenso e árduo trabalho, que começou logo quando criança, quando o empresário atuava como boia fria em plantações de cana em fazendas que eram localizadas em Cianorte, no norte do Paraná, distante mais de 500 quilômetros da capital, Curitiba. Por causa do trabalho, só veio a se alfabetizar com 15 anos, ao cursar um supletivo disponível na época. Logo depois da conclusão do supletivo, Franzato passou a fazer parte de um curso técnico de contabilidade, sendo que, já no final dos aos 1980, já terminado o curso de contabilista, conseguiu se formar em administração. E ele não parou por aí: até mesmo depois da fundação da Morena Rosa, Marco se aventurou em mais uma graduação, sendo que, dessa vez, o curso escolhido foi o direito.
Por conta da sua vida de muita luta, dá para imaginar que se desafazer de seu único bem, que era o Monza, seria uma coisa fácil. Em 1993, o empresário trabalhava em uma fábrica de doces, que estava pronta para fechar as portas. Utilizando os dons com números e a vontade de empreender, além do maquinário que a sua cunhada possuía, o bom gosto de sua mulher e os dois cunhados que entraram como sócios, Franzato fundou a Morena Rosa.
Reunindo-se com seus sócios, Franzato traçou uma meta para os próximos e iniciais cinco anos, no qual os investimentos de capitais obtidos com o início das operações seriam planejadamente e cuidadosamente investidos. As primeiras peças a serem fabricadas foram obtidas em comum acordo entre os sócios: os moletons, que eram relativamente mais baratos e, também, era um estilo de roupa que estava bastante em alta na época.
Para que não tivessem decepções futuras, planejaram, também, o modelo de cidade que iriam abordar no início da produção. Primeiramente, optaram por mandar suas produções para as cidades que possuíssem até 60 mil habitantes, no qual a sua cidade natal, Cianorte, se encaixava. Depois, passou a focar em cidades que possuíssem cerca de 100 mil habitantes, e assim por diante.
Na pequena empresa, as mulheres cuidavam dos moldes das roupas e do recorte do tecido; já os homens eram encarregados da área administrativa e, também, de distribuir as peças para os lojistas das cidades. Franzato, por exemplo, usava muitas vezes o transporte público, além de um Fusca que a sua família possuía.
O grande esforço realizado por Franzato surtiu efeitos positivos que não eram esperados, como a projeção de cinco anos, que se cumpriu em apenas três e aumento as possibilidades de investimento da marca. Depois disso, o empreendimento cresceu e passou a englobar outras marcas, como a Zinco, criada pela Morena Rosa em 1997, especializada em moda masculina, já que a Morena Rosa é exclusiva, somente, do mercado feminino. Logo depois, outras marcas passaram a fazer parte do portfólio de Franzato e seus sócios, como a Joy, comprada em 2004 e tem por objetivo comercializar roupas infantis.
Hoje, a Morena Rosa pode ser encontrada, praticamente, em todo o país, com lojas de fábrica ou representantes da marca, espalhados em shoppings, centros comerciais e outros. Além do mercado interno, a empresa abastece vários mercados externos, como os EUA e a Alemanha, por exemplo.